segunda-feira, 7 de março de 2011

Desejando que você lesse, escrevi

Há sete anos. Lembro perfeitamente o que éramos e, hoje, sei muito bem o que nos tornamos: estranhos. A indiferença tomou conta, dando todo espaço para novas amizades substituírem o vazio que você, quando foi embora sem dar tchau, deixou.
Pois bem, voltando uns sete anos, éramos tão chegados. Amigos, confidentes, parceiros, irmãos e tinha quem dissesse que éramos namorados, lembra? Mas isso foi no começo, assim que começamos nos falar.
Lembro, ainda, que você tinha os mesmo gostos que eu. Ora, hoje em dia já não sei mais qual seu gosto. Se eu sei, não lembro. Não é que eu queira não saber mais sobre você, não é que eu deseje ficar longe, perdendo todo contato e vínculo que tenho contigo, mas é culpa da possibilidade, culpa da única opção que você me deixou. E tenho dito.
Pensei em ligar quinze vezes ou mais, até você entender que seu amigo sou eu e que, não, você não pode e nunca poderá ter outro amigo igual a mim. Mas não o fiz, e talvez isso tenha feito a diferença. Pensei em chamá-la pra sair. Aliás, até chamei.
Um relacionamento estável, de colegas, nunca me interessou. Sou egoísta, quero sua amizade por completo e é justamente assim que me dei a você todo esse tempo: por completo.
Até posso escrever mil coisas aqui, desejando que essas mil coisas a toquem, mas sei que seria inútil. Conheço, apesar de agora distante, todo seu jeito de ser.
O que nunca pude foi esquecer os momentos com você, pois seria o mesmo que, como dizem, “tapar o sol com a peneira”. Seria como fingir que nada faz diferença, que tudo foi em vão e eu não dou a mínima. Seria mentira.
São muitas suas opções de vida, acredito, e desejo que todas dêem certo e que você possa escolher a que julgar melhor. Que você tenha muitas possibilidades, que possa escolher seus amigos e que não mais me escolha, pois conheço pessoas bipolares e com transtornos de personalidade, mas você é demais. E confesso, ainda, que não suportaria outra "perda" dessas, pois fez e ainda faz toda diferença.
Ah, feliz aniversário atrasado. Não tive coragem e nem estômago de lhe desejar no dia, porque não suportaria sua resposta. E não queria pensar que você poderia estar tramando uma super-festa, para seus super-novos-amigos e eu não iria. Egoísmo meu.

Segunda-feira, 7 de março de 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário